quarta-feira, 11 de maio de 2011

M.P.

Fui deitar-me. Não conseguia fazer nada, nem sequer pensar e dormir estava completamente excluído das hipóteses.
Dei um suspiro fundo e largo, desde que desligaste não parei de pensar no que dissemos um ao outro, nas palavras mal entendidas que me faziam bater o coração como se quisesse saltar-me do peito, na sinceridade que instantaneamente me fizeste ter, nas lágrimas que derramei, em tudo …
Posso ter dado a sensação de ser frio, mas, acredita, tudo o que te disse era um retrato fiel e preciso do que sinto, do que me fazes sentir, da realidade que vivo.
Em certos momentos dói, mas, tal como os defeitos, o que é bom sobrepõe-se ao mau e permite-me ser feliz, esquecendo o passado.
A tua voz límpida e suave, os teus lábios carnudos, as tuas mãos mágicas, fazem-me levitar em direcção ao desconhecido, em direcção ao que quero descobrir a teu lado.
Faltam-me as palavras, falta-me o amor, falta-me o meu mundo, falta-me a minha vida. Desenrolando, faltas-me TU ! Não quero que nada mude, quero que tudo continue a ser como era, que o vento a soprar abane os teus cabelos, que o frio a bater me permita aconchegar-te, que o calor me permita aquecer-te, que o sol me permita fazer-te sombra, que tu me permitas amar-te.
Deixa-me levar-te, vamos os dois, à melodia do vento. Perdi o teu olhar à medida que a distância aumentava, a minha frieza tornara-se em sinceridade pura e um pouco carinhosa, em água evaporada pelos raios de sol latentes na poça.
A leveza e força dos sentimentos fazem-me exprimir tudo o que necessito no momento e altura certos, da melhor forma, não sei, mas da maneira mais inalcançável possível.
Abanar-te ao som da música, tocar-te ao som do amor, amar-te com fervor.


Não me lembro de mais nada,
A loucura tornou-se inesperada;
O amor tornou-se fulgurante,
A saudade fica presente.

Quero amar-te incansavelmente,
Sentir o teu coração a bater rapidamente;
Quero sentir-te perto,
Para te poder amar, é certo!